A adoção do trabalho remoto nas empresas durante a pandemia de Covid-19 nunca foi
obrigatória no Brasil. Mas com a queda de casos de Covid no país e a flexibilização das medidas
sanitárias de proteção, as empresas passaram a se sentir mais seguras para restabelecer o
trabalho presencial.
No entanto, essa volta não se dará no modelo antigo. Enquanto algumas companhias
determinaram o retorno presencial integralmente para todos os funcionários, outras adotam
modelos híbridos ou até 100% remotos sem data para terminar.
Ainda não há uma regra clara para o número de dias na empresa ou no home office, com cada
empresa testando um modelo diferente. Porém, com a publicação da Medida Provisória nº
1108, no dia 28 de março de 2022, que trouxe várias inovações em relação ao teletrabalho
regulamentado pela CLT, o modelo ganhou novos contornos.
A MP dita mudanças não apenas sobre o teletrabalho, mas também nos benefícios como vale-
alimentação e medidas para casos de calamidade pública.
Segundo o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas
(Ibre/FGV), Fernando de Holanda, o trabalho híbrido, em setores em que seja possível, é a
tendência mais forte deste momento.
Cerca de 42% dos trabalhadores ouvidos em uma pesquisa do site de recrutamento Vagas.com
declararam que preferem o modelo híbrido aos demais.
Para Holanda, que pesquisou o trabalho remoto durante a pandemia, a modalidade permite
que o funcionário vá ao escritório apenas alguns dias por semana e atende, por um lado, à
pressão das empresas para reduzir custos e, por outro, à pressão dos trabalhadores para
manter a comodidade do home office.
Fonte: Monitor Mercantil e O Tempo